quinta-feira, 9 de abril de 2009

Como tudo começou....

Tudo começou quando mudaram a política dos fretados aqui da empresa. Eu usava uma linha de manhã, pra ir trabalhar e outra a linha a tarde, com destino a faculdade. Pois bem, decidiram que os funcionários teriam que optar por apenas uma linha, ou seja, muita gente se ferrou.
Acabei ficando na linha que vai até a faculdade...mas e pra chegar até empresa??? O que eu ia fazer? Depois de pensar, avaliar bem...percebi que eu não tinha outra saída! Duas síbabas: bu-são!

Não quero ser clichê, mas pqp ‘ninguém merece’. Eu não sou fresca..tá talvez um pouco só. Na verdade eu sou uma fresca assumida, enjoadinha mesmo, mas pelo menos eu assumo, não finjo ser quem não sou. E não é porque sou mimada que não respeito as pessoas, que não me preocupo ou que sou fútil.

No primeiro dia, confesso: chorei. Mas chorei mesmo! Muito! Fui até o ponto chorando, esperei o ônibus chorando, entrei no ônibus chorando, paguei o cobrador chorando e fui chorando pelo caminho... só não chorei o caminho inteiro porque bateu aquele soninho que sempre vem depois que a gente chora muito, sabe??
Depois de 1h20 cheguei. Dei o sinal e sair de lá me fez sentir um alívio imediatamente. Achei que estava tudo resolvido, só andar mais uns.... 200 metros e estaria sã e salva. O que eu não esperava era encontrar a calçada mais irregular, praticamente ilegal, que trilhava meu caminho ponto de ônibus-empresa. Meu scarpin nunca conheceu um terreno tão hostil. Decisão nº 1: salto no way.

Hoje foi meu segundo dia de busão e como não estava chorando, nem dormindo pude observar uma série de acontecimentos dentro daquela caixa sacolejante.

Comecei a prestar atenção no trajeto, na paisagem. Meu Deus, que horror. Acho que aquele ônibus passa por toda pobreza do mundo até chegar no meu querido local de trabalho. Se fosse um roteiro turístico, aquele city-tour seria mais ou menos assim: “Senhores passageiros, à sua direita um terreno baldio cheio de lixo e à esquerda temos a pracinha completamente abandonada, exceto pelo eqüino que está pastando perto da árvore.”

Saí do ônibus chorando de novo... Aquela pobreza me agustiou, pessoas vivendo na miséria e logo após 10 min: seja bem vindo a Alphaville! Esse mundo é muito louco mesmo, muito injusto. Ver as coisas pela televisão e pelo jornal é bem diferente do que ver ao vivo, te faz acordar e perceber como nossa vida de aparências, de ganância é vazia.

Um comentário:

  1. AHUEHAUHE, ri muito com seu post xDD

    mas é verdade, esse mundo é muito injusto. e muitas coisas a gente só percebe que existem mesmo vendo ao vivo DD:

    muita mancada da sua empresa tirar benefícios assim, sem mais nem menos u.u eu armava o maior barraco )<

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